janeiro 06, 2005

Quando nos olham de frente

Quando nos olham de frente e nos sentimos interrogados por perguntas não formuladas mas que adivinhamos parece que há um entendimento que não necessita do suporte da fala. E percebemos que não são especialmente os olhos, é toda a face que nos interroga ou nos diz logo alguma coisa. É apostura, como costumamos dizer.
jfm,2004
Apesar das ajudas do Goffman e do Merleau-Ponty continua a ser incrivelmente complexo entender as formas de comunicação humana.

janeiro 03, 2005

De braços abertos

Noruega outra vez. Naquela exposição as figuras humanas cresciam do chão e parecia partilharem uma conversa naquela sala cheia de sol, outrora uma fábrica de tecidos, agora museu. Pareciam receber-nos numa piscina meia cheia e dizer-nos olá, venham... que sensação de lavar a vista na cultura.

janeiro 02, 2005

Ainda sem tesão

Os brasileiros usam correntenente a palavra tesão num sentido muito interessante. Os portugueses têm alguma vergonha de falar em tesão. Esta fotografia tirada numa exposição na Noruega no verão passado lembrou-me logo nessa altura o estado de espírito em que me encontrava relativamente ao entusiasmo pelas coisas e pelas formas como a vida política corria em Portugal.

Nos primeiros dias de Janeiro de 2005 a minha sensação de pouca tesão continua...